Comunicação entre pais e filhos adolescentes: o que você fala importa, mas como você fala importa ainda mais!
- psicologaceciliasa
- 12 de mai.
- 2 min de leitura

"No meu tempo era melhor."
Aposto que você já ouviu — ou até disse — essa frase alguma vez, não é?É natural que, conforme envelhecemos, o sentimento de nostalgia fique mais presente. O que vivemos na juventude costuma nos marcar profundamente, e tendemos a valorizar mais aquilo que já conhecemos e com o que nos sentimos seguros. Isso gera, muitas vezes, os famosos choques de geração.
E é justamente aí que muitos pais e mães enfrentam dificuldades para se conectar com seus filhos adolescentes.
Nostalgia não precisa ser uma barreira
Não há problema em sentir saudade do passado ou preferir aquilo com que crescemos. Mas é importante refletir sobre como expressamos essas preferências.
Veja um exemplo simples:
Em vez de dizer: “Essas músicas de hoje não prestam.”
Que tal: “Eu prefiro as músicas antigas. E você, qual prefere? O que essa música significa pra você?”
Percebe a diferença? A primeira frase fecha o diálogo e impõe uma verdade. Já a segunda abre espaço para a troca, para a curiosidade e para o vínculo.
Comunicação é conexão
Quando falamos sobre comunicação, o mais importante não é só o conteúdo da mensagem, mas a forma como ela é transmitida. O tom, as palavras escolhidas e até a linguagem corporal influenciam diretamente em como o adolescente vai receber aquilo que está sendo dito.
É no dia a dia que os vínculos são fortalecidos ou enfraquecidos. E muitas vezes, o que parece uma “bobagem” — como um comentário crítico demais ou uma opinião imposta — pode virar uma pedra no caminho de uma relação saudável.
Tão importante quanto ensinar é saber ouvir
Todos nós estamos em constante aprendizado. Mas os adolescentes vivem isso de maneira ainda mais intensa: estão descobrindo quem são, o que gostam, como se posicionar no mundo. Eles precisam de orientação, sim — mas também de escuta.
Evitar julgamentos e oferecer um espaço seguro para que possam se expressar é essencial.
Aproveite os momentos simples
Conversas significativas não acontecem apenas em momentos planejados. Muitas vezes, surgem em situações corriqueiras: durante um filme, no caminho para a escola, num lanche preparado juntos.
Situações como essas são ótimas oportunidades para falar sobre temas importantes, ouvir o que eles têm a dizer e fortalecer o vínculo.
Que tal tentar hoje mesmo? Convide seu filho para assistir a um filme com você ou para conversar enquanto preparam algo gostoso juntos. Pergunte com interesse verdadeiro e escute com o coração aberto. Isso faz toda a diferença.
Cecília Barros dos Santos
Psicóloga infanto-juvenil | CRP 03/24398
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